sábado, 25 de junho de 2011

SUÉCIA - Estômago no gelo!

A comida não é extamente o que mais chama visitantes para a Suécia. Em dias e lugares normais, comer na Suécia é ruim. Há bons restaurantes, claro. Em Estocolmo comi em bons restaurantes. O preço varia muito, e o serviço frequentemente é melhor que a comida. Porém, não estou aqui para falar amenidades. Hoje vou relatar a experiência mais sublime da minha viagem ao gelo: aquela da qual me lembro com o estômago.
 Este é o restaurante do Ice Hotel. Aconchegante, não muito grande, decoração bem humorada e despretenciosa. O atendimento, a cargo de garçonetes bem treinadas e com inglês impecável, foi perfeito. Minha dona costuma ser bastante exigente com o serviço, mas eu me preocupo mesmo é com a comida.


O Ice Menu é composto por seis pratos preparados com ingredientes locais. Se servido frio, vem sobre uma tábua de gelo. Se servido quente, o acompanhamento é frio e chega num potinho de gelo. As entradas eram ovas com creme e um peixinho empanado sobre farofa de sei-la-o-que com molhos indecifráveis.
A primeira carne era uma ave com cogumelos. Esqueci o nome do bicho. Gostosa, mas surpreendente foi a segunda. Já havia provado carne de rena, mas não guardava boas recordações. Essa rena, no entanto, ficará na minha memória para sempre. Eram três partes distintas, em tamanhos diferentes. Como era de se esperar, o melhor pedaço era justamente o menorzinho, exatamente aquela lâmina apoiada em cima do lombo (na foto acima à direita): a língua.

Entre um prato e outro uma cesta cheia de pães fofinhos dava uma passada na nossa mesa. E eu estava com saudades dos pães fofinhos. O pão tradicional sueco é seco como um biscoito, e nos restaurantes mais populares só há dessas bolachas, não há pão fofinho. Para ficar ainda mais gostoso, os pães fofinhos eram trufados. Eu, como bom porco (apesar de ser metade azeitona), adooooro trufas! Se você não sabe qual é a relação das trufas com os porcos vá ao Google e busque. Eu não vou ficar explicando essas coisas tão básicas aqui. Ah, e quando for fazer isso, aproveita para descobrir qual é a conexão entre porcos e azeitonas, pois o meu nascimento é um mistério que ainda não consegui elucidar. 

Chegou a hora do queijo. Era um queijo marinado em ervas servido meio caramelizado. Delícia!

Por fim, a parte mais triste da refeição. Não porque não gosto, mas porque quando vem a sobremesa, sei que o jantar está acabando.

Todo mundo me pergunta: "é um ovo?" Tá certo que na cozinha contemporânea tudo é possível, mas ovo cozido de sobremesa já é demais. É óbvio que não é um ovo! Mas também não vou contar o que é. Hihihi!


3 comentários:

  1. ah, eu quero saber o que é o tal do "ovo"! Adoro doces, e me pareceu alguma coisa glaceada.
    Tô adorando o blog e as info super curiosas, vai que vai! =D

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  2. Eu sei, eu sei, eu sei! Mas não vou falar! Hehehehehehe Pra mim o melhor mesmo é o queijo. Nham!

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  3. Humm... queijinho! Eu havia incumbido o Azeitona de provar o queijo Juustoleipä que, segundo o Livro do Queijo, só há na região da Lapônia. O Azeitona me disse que não encontrou, mas acho que era o queijo normal de lá. Será?

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